o que é isto?

O nome que dei à editora que se apresenta formalmente neste sítio apareceu pela primeira vez no fanzine “Bolso #4” em 2006, pensei que seria um nome que transmitia uma sensação de esforço (escatológico?) e que dava o mote para a actividade fanzinista como sendo algo que tem que ser expelido, mas que custa  sair. Cuspir martelos pareceu-me algo que traria alguma dor a quem os cuspisse. Como os fanzines.  Costumo pensar nestas publicações como uma disputa com o tempo, com o esquecimento. Mesmo que muito pouca gente ou ninguém leia fanzines, eles existem para o mundo, são o legado da nossa existência, são a projecção dos nossos sonhos, ansiedades, preocupações, objecções e sentimentos. Os fanzines, punhado de folhas agrafadas, tal como outras formas de criação artística são como uma espécie de imortalização do espírito. Essa ideia de publicar mais ou menos precária e instável, existe sem razão, sem explicação, sai de dentro para fora.

A actividade da editora tem sido feita de maneira descontraída ao ritmo das vontades de quem se envolve ao longo do tempo neste projecto.
Sozinho ou em colectivo, nomeando a editora ou esquecendo-me que ela existia, comecei a editar estes fanzines nas Caldas da Rainha, cidade nidificadora e em tempos animada pelo carinho e interesse pelos fanzines e pela acção de os fazer existir, onde também eu adquiri e cultivei esse carinho e interesse.
O tempo passou e as gentes mudam, mudam de interesses e de lugar. A vida a andar, portanto...
Este sítio na internet tem agora por objectivo mostrar o trabalho que publiquei, pré e pós editora, dentro e fora da editora e também como plataforma de divulgação dos trabalhos dos que se envolveram na edição e publicação destes fanzines.
Façam martelos e Cuspam fanzines.

Tiago Baptista, Abril de 2012.




Desenhos de cabeçalho de André Catarino.

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